terça-feira, 12 de outubro de 2010

24.08.10


O sol é um licor que bebo de um só olhar
Evidentemente me persegues
A tua alma procura a minha
E eu gosto dessa ilusão
de seres a minha sombra.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Gloomy Sunday


Esta música foi composta em 1933 por Rezso Seress e tornou-se uma verdadeira lenda húngara. Dizia-se que levaria ao suicídio quem a ouvisse. O próprio Seress e a mulher tiveram esse fim.
Mitos à parte, esta lenda levou vários músicos a criarem novas versões.
Deixo-vos a da minha diva Björk...

Woody, o mestre

"Na minha próxima vida, quero viver de trás para a frente. Começar morto, para despachar logo o assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a reforma e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no primeiro dia.
Trabalhar 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de me tornar criança e só brincar, sem responsabilidades. Aí torno-me um bébé inocente até nascer. Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central,serviço de quarto à disposição e com um espaço maior por cada dia que passa, e depois - "Voilá!" - desapareço num orgasmo ..."

Woody Allen

terça-feira, 17 de agosto de 2010



O vento arrastava o sabor dos pêssegos, esse que entrava pelas minhas narinas enquanto a minha imaginação te saboreava no meu corpo.
Passaste por mim e eu saboreei-te, como se de um pêssego me tratasse, encharcado de paixão.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Eu, em mim mesma

Quem sou eu? É o desafio que se impõe...
E no fim de contas é esse desafio que acompanha o Homem ao longo do seu caminho: procurar-se, questionar-se...Talvez seja isso que eu sou. Uma eterna pergunta, até para mim mesma.
Posso apenas expressar-me através de sensações, através da palavra, através dos sentidos...
Não sei se gosto da vida, mas gosto do que me dá vida...Gosto da água, do chocolate, do sexo; dos passeios do fim de tarde quando o sol ainda irradia sorriso; gosto de viagens, gosto de campo, gosto da praia ao pôr-do-sol; gosto de dormir nua da cintura para baixo nos dias de calor; gosto do riso de uma criança e de espreitar o gato do meu primo na janela...Gosto de mim, à minha maneira; gosto de fantasia, de viver a ficção na realidade, pois a vida é uma longa metragem em que somos a personagem que escolhemos. Gosto de teatro, vibro com a cultura, deliro com a música erudita e com rock alternativo; gosto de me fotografar com palavras, de me rasgar com pinceladas a pastel.
Gosto que me elogiem, gosto de me criticar; aprecio a simplicidade e a honestidade.
E gosto de escrever. Gosto de me pintar assim, com palavras simples.
Quem sou eu?!
Sou apenas eu, em mim mesma.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

18.07.10

Não acredito no amor. Como poderia creditar nesse conto de fadas que só existe verdadeiramente nos livros e nos filmes, com personagens fictícias, concebidas platonicamente?!
Não acredito no amor eterno, pois nada é eterno.
O amor é como a cerveja. É muito bom enquanto dura; quando começa a perder a sua força custa a beber.
Não acredito no amor e falo dele como se existisse,como se ainda houvesse esperança para amar.
E será que não?!
Pois vivo numa eterna esperança e ao mesmo tempo numa eterna desilusão.
A minha vida é apenas uma peça de teatro onde eu sou encenadora em part-time.
Não acredito no amor e amo, desgraçadamente, até à última gota do meu corpo.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

23.04.10

Preciso escrever. Preciso viajar pela aragem das palavras; mergulhar na brisa que procuro em mim.
Por vezes deixo-me permanecer nessa nuvem; mera passageira nesse avião que é a minha alma. Pois preciso de mudar. Preciso de sentir o sal que não existe no meu mar.
Por vezes odeio tudo e todos. Por vezes odeio-me a mim mesma. Os outros não têm culpa... eu também não.
Preciso de desaparecer, de vez em quando.
Vivo no meu apartamento imaginário. As gaivotas bramam o seu esplendor para os lados da baía...
E tu vens, para mais uma noite; simples sonho que a manhã desperta.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Deixa-me rir



Um autêntico orgasmo musical

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Desejo






gemidos mudos que tocam o meu corpo
irresistivelmente sofridos
no ardor nu da minha alma

Sorriso

Na negrura dos maus momentos
A brancura do meu sorriso
Ao pensar em ti :)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

19.04.10

O que é o amor sem paixão?
O que é a paixão sem amor?
Não tenhamos ilusões! A paixão é um sonho e o amor uma realidade; a paixão é ilusão e o amor é verdade; a paixão pode ser loucura, o amor é placidez; a paixão pode ser também uma arte, o amor simplesmente naturalidade…
Mas o que é o amor sem paixão?
Um avião sem passageiros? Um blogue sem visitantes?
Amor vivenciado é paixão; sofrido é simplesmente amor.
E o que é a paixão sem amor?
Sinceramente não sei, porque nunca a vivi.
Nem hei-de viver, que direi eu?!
Sou apenas uma romântica em trajes maiores!
Mas não quero afectar as lágrimas no auditório, uma vez que as lágrimas não cabem nas novas tendências.
Enfim, não vou nem devo teorizar sobre perguntas retóricas.
Sim, quero ser tua amante, não me contentando simplesmente em ser tua amante.

Perdão

Poderá uma simples palavra
parar o balançar contraditório
do coração?